Ainda assim, os mestres não desistem e continuam a desenvolver soluções para os problemas do cotidiano.
Permanecem inventivos, fascinados pelo conhecimento e por novas maneiras de transmiti-lo aos seus discípulos. Mesmo que poucos estejam interessados ou demonstrem fé no conteúdo explanado e em sua existência no mundo em que vivem.
Nem sempre é fácil crer nos ciclos, moléculas, histórias, reações e movimentos de partículas ou corpos extensos. O aluno pode apresentar certo ceticismo, como provavelmente os mestres um dia fizeram. Passado o período de "catequização" do aluno, é preciso encontrar meios de fazê-lo assimilar e memorizar o conteúdo. Aí entram os inesquecíveis macetes, exemplos e brincadeiras, que deixam o conteúdo mais atraente, divertido, simples e crível. Os mais habilidosos nessa arte são recrutados para missões altamente complexas, como integrar equipes de regate em cursinhos e heroicamente fazerem você atravessar as barreiras dos vestibulares.
Há os motivadores, que despertam nos alunos a autoconfiança e a coragem de batalhar por seus sonhos. Alguns até os ensinam a escrever o próprio destino, incorporando uma nova temática às suas vidas.
Outros são capazes de mudar o rumo de uma nação e inspirar jovens de origens e dificuldades semelhantes, em todo o mundo, a conseguirem a própria ascensão.
Os docentes, além de bons palestrantes (e um pouco artistas), devem ficar atentos às características e necessidades de seu público. Notar diferenças e construir novas abordagens, para alunos mais "niilistas", disléxicos ou excepcionais. É preciso paciência e sensibilidade... inclusive para de vez em quando fugir um pouco do assunto da aula e falar sobre o que os alunos querem ouvir.
Mas muito já foi dito, acabou-se o nosso intervalo. É hora de deixar o mestre aproveitar o pouco tempo livre do qual dispõe e cuidar de seus afazeres. Feliz dia do professor!