quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Aos Pais dos Amigos

Texto desencadeado pelo "sumiço de Belchior"... Não o Belchior, propriamente dito, mas alguém que fisicamente o lembra. O "alguém" em questão é pai de dois amigos e foi a falsa notícia de sua morte que desencadeou o texto a seguir.


Foram nossos pais que em anos de expectativa e meses de gestação nos preparam para vir ao mundo. Não só nos forneceram condições físicas e materiais para que existíssimos, mas também foram "os primeiros a conter o que há de animal em nós" ("domesticar-nos"), disse alguém em um programa na TV. E foram os pais dos amigos que fizeram o mesmo por eles... E você não precisou fazê-lo.
Os pais dos amigos permitiram que você e seu amigo se conhecessem, quando o matricularam na mesma escola que você e permitiram que seu amigo convidasse você para o aniversário. No caso de amigos de infância, os pais dos amigos viram você crescer e fazer as próprias escolhas. São e foram também nossos amigos, ainda que por alguns segundos, quando nos aconselharam e (às vezes até) reprimiram. Foram responsáveis por você por algumas horas, quando você foi brincar na casa de seu amigo.
O amigo mais velho (não necessariamente mais velho que você e sim mais "experiente" que as crianças) foi influenciado por bons ou maus exemplos dos pais que, com seus erros e acertos, moldaram parte de sua personalidade. Seu amigo aprendeu a rejeitar ou adotar determinados tipos de comportamento que conheceu em casa e definiu sua conduta diante de várias situações. Dividiu com você o sentimento de injustiça devido a experiências vividas em casa e despertou em você o desejo de fazer justiça, ou simplesmente a habilidade de ouvir os problemas alheios e sensibilizar-se com eles. São os pais dos amigos um pouco nossos pais, não só por serem pais daqueles que adotamos como irmãos, mas também por nos receberem em seus lares e dar-nos alguma atenção. E são nossos amigos um pouco nossos pais, na ausência dos mesmos, quando precisamos deles.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

"O Hitler não era vegetariano?"

Não, não era. Ao menos é o que afirma a publicação Why Hitler Was Not a Vegetarian, de Rynn Berry, disponível em: http://www.vegsource.com/berry/hitler.html
Há uma versão traduzida para o português por Camilo Álvares, no blog Coletivo Anarquista de Piracicaba e Região: http://anarquismopiracicabaeregiao.wordpress.com/2010/06/29/por-que-hitler-nao-era-vegetariano/#comment-29

Richard Schwarts, autor de Judaísmo e Vegetarianismo, afirmou que Hitler era "ocasionalmente vegetariano", devido a recomendações médicas, para aliviar sudorese e flatulência excessivas. Sua dieta principal era "onívora".
Robert Payne, Albert Speer, Redlich e outros biógrafos do ditador afirmam que ele apreciava lingüiças, presunto, caviar e o prato austríaco Leberknodl(crosta de fígado). Dione Lucas, que foi chefe de cozinha em um hotel em Hamburgo durante os anos 1930, afirma em seu Gourmet Cooking School Cookbook que pombo assado era o prato preferido do "führer".

Segundo Payne, o mito do vegetarianismo foi criado por Goebbels, responsável pela propaganda de Hitler, para que ele parecesse um "revolucionário asceta": “De acordo com a lenda amplamente disseminada, ele não fumava e nem bebia, nem comia carne nem tinha nada com mulheres. Somente o primeiro era verdade. Ele bebia cerveja e vinho diluído frequentemente, tinha uma apreciação especial por linguiças bávar
as e mantinha uma amante, Eva Braun, que vivia com ele silenciosamente no Berghof. Houve outros casos discretos com mulheres. Seu ascetismo era uma mentira inventada por Goebbels para enfatizar sua dedicação total, seu autocontrole, a distância que o separava dos outros homens. Através dessa demonstração de ascetismo, ele podia alegar que estava dedicado ao serviço de seu povo.”

O Führer ilegalizou sociedades vegetarianas e restringiu publicações do movimento.



Na foto, Hitler e Eva Braun, em jantar na mansão do casal.