terça-feira, 27 de setembro de 2011

Acendendo a discussão



Este ano foi lançado o documentário Quebrando o Tabu, disponível gratuitamente esta semana no site de um famoso provedor de internet. Produção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (protagonista), do apresentador Luciano Huck e da produtora Spray Filmes.



Baseado em estatísticas e depoimentos de usuários, detentos, policiais e políticos, o filme abre a discussão evitando moralismo e antigos paradigmas, abrangendo aspectos socioculturais (incluindo povos pré-colombianos e a contracultura californiana, nos anos 60). São debatidas a subversão adolescente, o caráter político do uso de drogas para "negar convenções" e as conseqüências da proibição e do uso indiscriminado.

O cenário geopolítico estadunidense, com seus aspectos históricos e as circunstâncias (pertinentes ao assunto) encontradas por Jimmy Carter e Bill Clinton, ao assumirem o governo, são comentados pelos próprios ex-presidentes. Manifestam-se autoridades europeias de Portugal, Suíça e Holanda. França e Itália têm sua situação analisada. Há depoimentos sobre a força do narcotráfico na Colômbia e no México, além de um relato do ator Gael Garcia Bernal sobre o consumo de drogas e sua repercussão.



No Rio de Janeiro, há espaço para presidiários que tiveram algum tipo de envolvimento no tráfico falarem sobre o tema. O doutor Drauzio Varella descreve experiências na penitenciária feminina e o impacto da detenção nas famílias. São ouvidos o líder do projeto comunitário Afroreggae, especialistas em segurança pública e o escritor Paulo Coelho, que fala sobre as próprias vivências relacionadas às substâncias ilícitas.



O assunto constantemente censurado é explorado em conversas com adolescentes em escolas, que falam sobre a curiosidade e os possíveis impactos da venda sem tantas restrições. Visitam-se centros de tratamento de dependentes químicos e laboratórios de uso medicinal da Cannabis sativa. Os responsáveis são entrevistados.



Chega-se à conclusão de que a repressão policial e judicial não surte tanto efeito no controle do tráfico, além de oferecer um maior poder aos traficantes. A reabilitação traz mais benefícios quando desvinculada de aspectos criminais. Nos países em que a questão foi abordada de modo menos proibitivo, com mais alternativas aos que desejam abandonar o vício, houve uma queda no uso de entorpecentes, menor índice de contaminação por HIV e menos mortes por overdose.



É sugerida a descriminalização das drogas, ou seja, a perda da associação entre entorpecentes e o cárcere. Não exclui a chance de punição, desde que o desfecho seja outro: permita recuperação do dependente químico, com assistência médica, sem que ele adquira ficha criminal. Não se cogita a legalização, como na Marcha da Maconha. Legalizar seria permitir, sem objeções, a venda e o consumo.



O documentário não faz apologia ao uso de drogas: propõe meios de redução de danos causados por elas. A responsabilidade penal não é eficiente na diminuição do problema: É preciso pensar em políticas educacionais, informativas e menos violentas para afastar as pessoas (especialmente os jovens) dos riscos da dependência química. É necessário quebrar o tabu e falar sobre o tema.

domingo, 25 de setembro de 2011

O Bom e Velho Rock in Rio

Nasceu no Rio de Janeiro em 1985 e teve como berço a Cidade do Rock, construída em Jacarepaguá para receber o evento. O palco montado era o maior do mundo e a Cidade do Rock abrigava lojas e lanchonetes. Sua repercussão deve-se ao fato de que, antes de sua existência, grandes astros do rock internacional não costumavam vir à América do Sul. A ideia era permitir que o público latino pudesse ver de perto os ídolos e apreciar "o bom e velho rock n' roll". No festival, estiveram a australiana AC/DC, os ingleses de Iron Maiden , Queen , Whitesnake, Yes, Rod Stewart e Ozzy Osbourne. Da Alemanha, vieram os Scorpions e dos Estados Unidos, James Taylor. Os brasileiros participantes foram os cariocas do Barão Vermelho (ainda com Cazuza) e Os Paralamas do Sucesso, além de Ivan Lins e Pepeu Gomes.



Após o festival, o berço do "Woodstock carioca" foi demolido, por ordem do governador vigente, por motivo de reintegração de posse. A segunda edição aconteceu no Maracanã, há vinte anos. Entre artistas do exterior, predominaram os norte-americanos, com a presença de Guns n' Roses, Faith no More, Megadeth , Queensrÿche e a cantora Debbie Gibson. O rock inglês foi representado pelos grupos Judas Priest, Happy Mondays e os cantores Billy Idol e George Michael. Os noruegueses do A-ha e os brasileiros Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Lobão somaram-se às bandas Engenheiros do Hawaii, Sepultura e Biquíni Cavadão. Naquela ocasião, a apresentação do New Kids on the Block causou polêmica entre os fãs do "rock de verdade".



Dez anos depois, a terceira gestação do Rock in Rio contou com a construção de uma nova Cidade do Rock, no mesmo espaço em que foi fundada a anterior. Adotou-se o slogan "por um mundo melhor" e surgiu a proposta de apresentações simultâneas, em ambientes distintos, nas tendas "Brasil" (para artistas nacionais), "Eletro" (com música eletrônica), "Raízes" (de música africana) e "Mundo Melhor" (de música internacional). Na abertura do festival houve três minutos de silêncio, representando um pedido de paz mundial. O evento tornou-se fonte de recursos para projetos educacionais da Unesco em comunidades cariocas, além de incentivos ao desenvolvimento de estratégias para a preservação ambiental.

Na terceira edição, a polêmica em relação aos convocados para tocar foi maior, pois integravam a lista Sandy & Júnior, Ivete Sangalo, Britney Spears e Carlinhos Brown (o qual foi alvo de vaias e garrafas d'água).



Este ano, a cantora baiana Claudia Leitte também não foi bem recebida pelos roqueiros. Vaias e gestos obscenos partiram da platéia quando a artista instigava o público a participar de uma coreografia. Talvez alguns perguntem-se: se não estão gostando, por que não se retiram do ambiente próximo ao palco? Simples: por se tratar de um festival, os shows ocorrem em seqüência e a "vaga" próxima ao palco deve ser guardada por quem desejar ver mais de perto o músico que se apresenta no show seguinte. Ausentar-se nas apresentações indesejadas pode ocasionar a perda de um lugar "precioso" para ver o ídolo. Para os menos resistentes, apresentações "desagradáveis" são úteis para ir ao banheiro (cuja fila dura quase um show inteiro) e aos locais de venda de alimentos.

Questiona-se nome do festival, que deveria ter apenas apresentações de rock. Sugere-se a criação de outros festivais, nos quais os músicos "não praticantes do rock" possam tocar. Mas apesar das discussões, a qualidade da performance de artistas consagrados é inegável. Impressionante como mesmo os mais velhinhos mantêm um padrão de agilidade e força na manipulação dos instrumentos musicais. Há artistas como o baixista Flea (da californiana Red Hot Chili Peppers), que além de executar com perfeição as músicas da banda, dançam vigorosamente no palco. Os bons shows com certeza justificam as horas de espera.



O Rock in Rio já ocorreu em Lisboa e na edição deste ano buscou-se um aumento da segurança para os participantes. A organização proibiu a entrada com caixas, isopores, capacetes, skate, patins, guarda-chuva, jornais ou revistas, bandeiras, faixas e bebidas alcoólicas. Não são permitidas câmeras fotográficas profissionais ou equipamentos de filmagem. Recomenda-se o porte de filtro solar, óculos escuros, boné e capa de chuva. Menores de catorze anos devem estar acompanhados dos pais ou responsáveis. Os portões ficam abertos das 14 às 4h e somente nesse período pode-se permanecer no local.

Para os que, como eu, não poderão desfrutar da música ao vivo, cabe assistir ao evento com mais segurança, no conforto do lar, via televisão ou internet (alguns sites realizam a transmissão em tempo real). E torcer não só por um mundo melhor, mas também pelo sucesso do evento e performances memoráveis.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não quero assinar



Sim, é frustrante a insistência para voltar a assinar revistas. Nada contra as publicações, gostava das matérias e das imagens. Mas fui parando de ler revistas e percebi que dificilmente leio uma inteira. Prefiro buscar informações na internet, lendo só o que quero, "em tempo real". Há flexibilidade quanto ao conteúdo: mais extenso e específico, ou mais sucinto e de leitura rápida. Com links para outras notícias, animações. Contendo ou não opiniões dos leitores, que formam discussões, muitas vezes interessantes. Não significa que as revistas estejam obsoletas... Mas creio que hoje há maior dificuldade em atrair o leitor para esse tipo de publicação.

Talvez mais gente pense assim e haja uma queda no número de assinantes de revistas. Para compensar os "desertores", as editoras mostram-se mais ativas no convite a novos assinantes. Lembro-me quando, ainda criança, só via pessoas oferecendo "um brinde" em supermercados. O "brinde" era uma assinatura de revista, pela qual o "beneficiado" pagaria, contrariando noções anteriores de "brinde" no comércio: produtos ou serviços pelos quais não era preciso pagar. Cortesia por outro produto adquirido ou serviço contratado.



Os tempos são outros e a globalização oferece o (in)desejado onde os passíveis de gastos estiverem. A ação das editoras não mais se limita aos supermercados: pode ser presenciada até em aeroportos, como o Salgado Filho, em Porto Alegre. Além de um "campo de batalha" mais extenso, a guerra da persuasão invade caixas de mensagens (e-mails... até o momento, não chegaram às mensagens de celular, como os persistentes avisos de promoções da operadora) e até mesmo o (antigo) conforto do lar (eis algo que pode ter se tornado obsoleto): o telemarketing persiste em oferecer assinaturas de revistas, recusadas tantas vezes.



Seria falta de memória da empresa, esquecendo ligações anteriores? Por que não se esquecem de telefonar para a casa de antigos clientes?

Se o objetivo é demonstrar alguma saudade (hipócrita) dos ex-assinantes, as empresas agem mal, impedindo que eles sintam saudades das revistas. A vontade de voltar a ser assinante pode aparecer a qualquer momento, mas dificilmente surgirá se a editora e a revista passarem a ser associadas à insistência em aumentar seu número de contratantes. A atitude indica falta de flexibilidade e uma tentativa de ferir a liberdade de escolha dos clientes.

Na falta de respostas para explicar o fenômeno, talvez por falta de leitura de revistas, a solução é ter paciência recusar novamente a oferta.

Olhos Fechados



O REM, banda estadunidense de Athens(Georgia), formada nos anos 80, decretou hoje o fim de sua carreira.

A trajetória do grupo começou em 1979, quando o vocalista Michael Stipes,
estudante de artes nascido em Decatur e vivendo em Athens, conheceu o guitarrista Peter Buck, funcionário de uma loja de discos. Michael é o rapaz à esquerda, na foto acima, ainda com cabelos. Posteriormente, seria mais conhecido pela imagem de terno, com uma faixa azul desenhada no rosto, na região dos olhos, usada nos shows.



Talvez pela incursão de Michael nas artes, a banda tenha como característica videoclipes exóticos, como Stand http://www.youtube.com/watch?v=AKKqLl_ZEEY&feature=relmfu. , It's the End of the World http://www.youtube.com/watch?v=Z0GFRcFm-aY&feature=related e Überlin: http://www.youtube.com/watch?v=ZITh-XIikgI&feature=fvwrel

Os dois rapazes tornaram-se amigos e passaram a dividir um apartamento. Posteriormente, numa festa, foram apresentados aos músicos que completariam a banda: O baixista Mike Mills e o baterista Bill Berry. A primeira apresentação do quarteto foi na festa de aniversário de um amigo, numa igreja abandonada. Depois vieram performances em bares e restaurantes.


Na foto, o cabeludo à esquerda é Peter, seguido por Michael e Mike (que na primeira foto é o rapaz ao lado de Peter).

A repercussão trouxe propostas, para as quais era preciso o "batismo" da banda. Após várias tentativas fracassadas , surgiu uma medida drástica: os integrantes decidiram ir a uma casa alugada e beber um litro de cachaça (cada um). Deveriam escrever com um pedaço de carvão, nas paredes, todos os nomes que viessem à cabeça. No dia seguinte, limpando as paredes, encontraram o que viria a ser adotada como nome da banda: a sigla REM (do inglês "Rapid Eye Moviment", ou "movimentos rápidos dos olhos". Não estes que você faz enquanto lê o texto, mas os do quinto estágio do sono, no qual ocorrem os sonhos). Os primeiros trabalhos tiveram ampla aceitação nas rádios universitárias.

Coincidentemente, a banda está associada ao meu despertar para o rock internacional, na pré-adolescência. E antes que seja feita uma alusão maldosa à sigla, dizendo que as músicas do grupo "dão sono", vale lembrar que mesmo marcada pelo sucesso Losign my Religion http://www.youtube.com/watch?v=if-UzXIQ5vw&ob=av3e, foi intérprete de sucessos mais "animados", como Shiny Happy People http://www.youtube.com/watch?v=iCQ0vDAbF7s e Animal http://www.youtube.com/watch?v=rBYd--pPFT4&ob=av2e



A banda chegou a fazer um intervalo após a turnê de 1988, no qual Michael dedicou-se à pesca, Michael à sua produtora de vídeo, Mike a projetos paralelos e Peter, que também toca bandolim... ao ócio criativo. O retorno trouxe o álbum mais bem sucedido da banda, lançado em 1991.

Todo sono tem seu fim e os integrantes resolveram acordar para novas possibilidades. Willian ("Bill") Thomas Berry aposentou-se da música em 1997. A banda continuou a gravar sem ele, tendo sucesso com músicas como Imitation of Life http://www.youtube.com/watch?v=0vqgdSsfqPs&ob=av3n. O último álbum, lançado em 2004, teve letras mais politizadas e recursos sonoros distintos dos anteriores. http://www.youtube.com/watch?v=Hyk-Vdd_Qrk&feature=relmfu

Em nota divulgada há algumas horas, a banda decretou seu fim.



Como sonhos que preencheram a mente de quem dorme e valem a pena ser lembrados ao acordar, as produções originais e performances notáveis merecem ser conferidas. Felizmente, ao contrário dos sonhos, puderam ser registrados de modo a preservar detalhes e seu conhecimento pode ir além dos relatos de quem imaginou.
Supernatural http://www.youtube.com/watch?v=_We6ubpUHZs&feature=relmfu

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vento solar



Relativamente próximos à "terra do sol nascente" (Japão), estruturas foram abaladas. Não só as atingidas por tsunamis... Mas também aquelas que há décadas estavam consolidadas, explorando o próprio povo. O despertar de consciência trouxe a "maldição do faraó": os construtores de pirâmides puseram mãos à obra para soterrar um governo autoritário e opressor.



Como um vento solar, que ao arrastar partículas promove mudanças gigantescas na composição e na história de partes do universo, as tempestades de areia espalharam-se pelo Oriente Médio e foram capazes de cruzar o oceano, invadindo um dos oásis da corrupção. A nação tupiniquim decidiu usar pinturas de guerra para rebelar-se contra os velhos caciques.



As tribos serão reunidas amanhã, no dia 07/09/11, para uma manifestação pacífica, em locais já determinados. Foi sugerido o uso de roupa preta. Os locais (confirmados) estão listados no blog "O Dia pela Independência", cujo link encontra-se abaixo deste texto.




Vídeo (curto) explicativo:
http://www.youtube.com/watch?v=mTn_gWu0jxc

Vídeo explicativo mais longo:
http://www.youtube.com/watch?v=Xpt0rjwMpoo

Mais informações, incluindo locais confirmados para a concentração de manifestantes:
http://odiapelaindependencia.blogspot.com/

-> Joinville: às 13h, 07/09/11, em frente ao Shopping Mueller.

Tarja Vermelha

Por que esconder uma parte de nossa história?



Momento especialmente marcante da trajetória brasileira, em que civis fizeram-se soldados de uma causa maior. Sangue, suor e lágrimas fluíram junto aos anseios por liberdade e dignidade. Indivíduos merecedores de terem suas histórias narradas às gerações futuras, talvez tratados como heróis. Idealismo corajoso que levou muitas vidas, mas deu margem para que os nascidos posteriormente pudessem realmente desfrutar das suas.



O trecho da história nacional que hoje está em sigilo é possivelmente o mais interessante. Seres humanos sem fardas, unidos apenas por ideais, sem salários ou condecorações envolvidas. Dispostos a enfrentar oponentes armados, com experiência em confrontos físicos, domados para o cumprimento de ordens que dificilmente seriam obedecidas sem que houvesse o processo de adestramento e a omissão da própria consciência.

O que leva alguém a torturar outro ser vivo, sendo ele (ou não) da mesma espécie? Um adulto a mutilar ou eletrocutar alguém que, como ele, sente dor, medo e se preocupa com entes queridos? Que, por amor a eles, preferiu sofrer as conseqüências (físicas e psicológicas) de não delatá-los?

Sob as vestes de guerreiros e patriotas, estiveram aqueles que lutaram contra as manifestações mais épicas de esperança e coragem de arriscar-se por uma sociedade que, pela entrega aos conflitos, muitos não teriam a oportunidade de conhecer.

Um agressor do próprio povo luta a favor de quem? Nação, por definição, é um conjunto de indivíduos, falantes da mesma língua, com características culturais comuns. O combatente a favor da pátria não poderia ferir seus semelhantes. É válido ter um exército que protege interesses políticos, em detrimento dos civis?
Homens de roupas camufladas esconderam mais que os próprios corpos em campos de batalha: velaram lembranças importantes da nação brasileira. Tão incômodas que mesmo aqueles que das trincheiras do governo tudo observavam (e comandavam), estando hoje protegidos pela ignorância de seus exércitos de eleitores, temem perder sua proteção contra as rajadas (provavelmente só de insultos e providências administrativas) que o povo (não mais oprimido) poderia lançar.



Famílias e amigos têm o direito de saber o destino dos desaparecidos: para onde foram mandados, como e quando foram executados. Cidadãos têm não só o direito, mas o dever de conhecer a própria história. "Quem somos" e "de onde viemos" sempre foram perguntas fundamentais, que devemos tentar responder. É preciso conhecer erros e fragilidades das instituições, para que fatos lamentáveis não se repitam e a sociedade possa tomar melhores rumos. Para compor a própria formação, é necessário saber quem foram (ou são) os verdadeiros heróis e vilões.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Plunct, plact, zum!



Hoje teve fim a jornada neste mundo de um dos melhores e mais queridos professores que já tive. "Saiu da vida para entrar para a história", a letra "A" "tinha seu nome": Marcos Neotti.

Joinvilense idealista, nascido em oito de abril de 1978. Historiador, militante de causas políticas e de tudo em que acreditava. Com certeza apaixonado pelo ensino. Suas aulas e sua energia (aliás, era esse o nome do colégio em que trabalhava) eram notáveis. Divertido, inteligente, de raciocínio rápido. Bem informado, disposto a tirar qualquer dúvida sobre assuntos da atualidade, especialmente os relacionados à política. Certamente sabia que a história se faz agora, complementando a que já foi escrita: Deve ser fonte de discussões e reflexões, para a consolidação de um país mais justo, de uma sociedade mais coerente com os anseios e necessidades humanas. Carismático, foi capaz de inserir em muitos de seus alunos os ideais de uma "sociedade alternativa", "novo aéon". Prezava pela liberdade, pelos questionamentos, pela vida sem limites e sem arrependimentos.



Foi de quem recebi o diploma e um abraço em minha formatura do ensino médio.

Grande fã de Raul Seixas, com quem talvez tenha agora (ou em breve) a oportunidade de se encontrar na estação do "Trem das Sete". Tal qual o músico, deixou fãs e um legado cultural a ser lembrado, a ideia de esperança (apesar das adversidades) e de um mundo melhor. Assim como o Raul, é melhor lembrar esse "maluco beleza" tocando violão, dizendo o que queria e inspirando sorrisos e reflexões.



Neotti cantando e tocando violão em sala de aula:
http://www.youtube.com/watch?v=jifzn3rPVtg&feature=related

Neotti em "Maluco Beleza":
http://www.youtube.com/watch?v=hpvk-aUuS_Y&feature=related

Neotti e o "Rock das Aranha":
http://www.youtube.com/watch?v=mvXJT16Y_nk&feature=related

Professores Chico e Neotti, apresentação a caráter:
http://www.youtube.com/watch?v=GnwpBLpC29M&feature=related