quarta-feira, 30 de junho de 2010

Fragmento

Desejando a própria surdez para que não tivesse ouvido tais palavaras, ela se sentou no quarto. Havia muito a ser feito, mas aquele não parecia o momento adequado. Pensou em sair de casa e ver sem tanto enquadramento o céu azul que a lembrava da beleza do mundo. Mas não conseguiu fugir dos pensamentos e estes a fizeram verter lágrimas novamente.
Se "chorar não resolve", ao menos instigou uma reflexão. E o fato de não querer ser vista chorando a impediu de sair e fazer algo do qual possivelmente se arrependeria depois. O momento em silêncio renderia decisões importantes.
A luz do sol se fez menos intensa e aquele dia chegou ao fim. Ela logo se livrou do sofrimento e ocupou seus pensamentos com os novos planos. Lembrou-se dos prováveis acontecimentos do dia seguinte, ignorou as estrelas e foi dormir.

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