O artista plástico brasileiro Vik Muniz, cuja obra é mais conhecida no exterior, interessou-se pelos catadores do Jardim Gramacho e viu na arte uma possibilidade de inclusão. Reuniu-se com Zumbi e, posteriormente, outros membros da associação, que foram convidados a separar materiais recicláveis para a composição de obras de arte, a serem fotografadas e leiloadas.

Em entrevistas, os catadores demonstram coragem para expressar seu caráter, de honestidade e humildade, diante de ofertas de participação no crime ou outras formas de obtenção de renda. Há também o caráter para ter coragem, já que o sustento "mais rápido" e "menos laborioso" é incompatível com a forma de pensar desses indivíduos, que optam por trabalhar diariamente em meio a resíduos industriais, domésticos e oriundos dos mais variados locais e situações.

Em dois anos de produção, o documentário registra acontecimentos referentes aos trabalhadores e à ACAMJG. O envolvimento com o projeto tem impactos na renda e na autoestima dos catadores. Artistas participantes, tanto do trabalho com os catadores quanto da produção cinematográfica resultante, também são beneficiados.

A produção cinematográfica teve excelente repercussão e foi premiada. Mas talvez a maior recompensa seja conclusão de vários projetos pessoais dos personagens,
registrados no final do documentário, baseadas nas transformações consequentes do projeto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário