quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Não quero assinar



Sim, é frustrante a insistência para voltar a assinar revistas. Nada contra as publicações, gostava das matérias e das imagens. Mas fui parando de ler revistas e percebi que dificilmente leio uma inteira. Prefiro buscar informações na internet, lendo só o que quero, "em tempo real". Há flexibilidade quanto ao conteúdo: mais extenso e específico, ou mais sucinto e de leitura rápida. Com links para outras notícias, animações. Contendo ou não opiniões dos leitores, que formam discussões, muitas vezes interessantes. Não significa que as revistas estejam obsoletas... Mas creio que hoje há maior dificuldade em atrair o leitor para esse tipo de publicação.

Talvez mais gente pense assim e haja uma queda no número de assinantes de revistas. Para compensar os "desertores", as editoras mostram-se mais ativas no convite a novos assinantes. Lembro-me quando, ainda criança, só via pessoas oferecendo "um brinde" em supermercados. O "brinde" era uma assinatura de revista, pela qual o "beneficiado" pagaria, contrariando noções anteriores de "brinde" no comércio: produtos ou serviços pelos quais não era preciso pagar. Cortesia por outro produto adquirido ou serviço contratado.



Os tempos são outros e a globalização oferece o (in)desejado onde os passíveis de gastos estiverem. A ação das editoras não mais se limita aos supermercados: pode ser presenciada até em aeroportos, como o Salgado Filho, em Porto Alegre. Além de um "campo de batalha" mais extenso, a guerra da persuasão invade caixas de mensagens (e-mails... até o momento, não chegaram às mensagens de celular, como os persistentes avisos de promoções da operadora) e até mesmo o (antigo) conforto do lar (eis algo que pode ter se tornado obsoleto): o telemarketing persiste em oferecer assinaturas de revistas, recusadas tantas vezes.



Seria falta de memória da empresa, esquecendo ligações anteriores? Por que não se esquecem de telefonar para a casa de antigos clientes?

Se o objetivo é demonstrar alguma saudade (hipócrita) dos ex-assinantes, as empresas agem mal, impedindo que eles sintam saudades das revistas. A vontade de voltar a ser assinante pode aparecer a qualquer momento, mas dificilmente surgirá se a editora e a revista passarem a ser associadas à insistência em aumentar seu número de contratantes. A atitude indica falta de flexibilidade e uma tentativa de ferir a liberdade de escolha dos clientes.

Na falta de respostas para explicar o fenômeno, talvez por falta de leitura de revistas, a solução é ter paciência recusar novamente a oferta.

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